domingo, 28 de junho de 2015

Especialista diz que é possível despoluir Lagoa Rodrigo de Freitas até Olimpíadas

27/6/2015 16:12
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro


A Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, que será um dos palcos das Olimpíadas de 2016 nas provas de remo, pode ser completamente despoluída até o início das competições, em agosto do próximo ano, evitando cenários que se repetem periodicamente, de grande mortalidade de peixes, garante o professor da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Paulo Cesar Rosman.
Lagoa Rodrigo de Freitas com bancos de areia devido à seca no Rio de Janeiro
“Nunca estamos livres de catástrofes
 ambientais”, disse o o professor da 
UFRJ, Paulo Cesar Rosman
 
Integrante do Departamento de Recursos Hídricos e Meio Ambiente e de Engenharia Costeira e Oceanográfica da UFRJ, ele propõe a construção de grandes dutos subterrâneos, ligando a lagoa ao mar, o que aumenta a troca de água e favorece a oxigenação.
– A solução foi dada há 22 anos, em um estudo que eu coordenei. A ideia de se fazer os dutos afogados é perfeitamente viável e atinge os objetivos. Se não houver uma ligação permanente, com boa troca de água, não tem solução. Hoje temos uma lagoa que é um doente crônico. Em menos de um ano, de hoje para as Olimpíadas, dá para fazer, e resolve o problema definitivamente – assegurou.
O sistema seria composto de quatro tubulões subterrâneos, com 2,6 metros de diâmetro, se estendendo até 200 metros mar adentro, com valor estimado em US$ 30 milhões, sem utilização de bombas, usando apenas a maré para puxar e empurrar a água. Rosman não afastou a possibilidade de ocorrer nova mortandade de peixes durante as Olimpíadas, quando o Rio e o Brasil estarão sob os holofotes mundiais.
– Mortandades de peixes ocorrem mais comumente na época do verão, quando a água fica mais quente e o metabolismo de microalgas é mais acelerado, ocorrendo os choques de anoxia [falta de oxigênio]. Mas se você olhar os registros de mortandade na lagoa, houve vários casos no inverno. Nunca estamos livres de catástrofes ambientais – explicou.
Rosman disse que, por causa de décadas de poluição, existe uma camada de 1 metro de extensão, no fundo da lagoa, onde praticamente não há vida, pois é considerada anóxica. Quando venta muito, chove forte ou a temperatura sobe, essa camada se agita e libera substâncias tóxicas, que provocam a mortandade em massa de peixes. O último episódio ocorreu em abril passado, quando mais de 50 toneladas de peixes mortos foram recolhidas. A versão completa do projeto coordenado pelo professor Rosman pode ser acessada na internet.




sábado, 13 de junho de 2015



Jardim Botânico do Rio festeja 207 anos 

Divulgação/JBR

Dois séculos de história
Órgão federal vinculado ao MMA é um importante centro de pesquisa mundial em botânica e conservação da biodiversidade. Para celebrar data de aniversário, neste sábado (13/06), instituição faz intensa programação


Por Letícia Verdi* - Edição: Sérgio Maggio Neste sábado (13/06), o Jardim Botânico do Rio de Janeiro completa 207 anos de existência. Hoje, o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro – nome que recebeu em 1995, é um órgão federal vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) e constitui-se como um dos mais importantes centros de pesquisa mundiais nas áreas de botânica e conservação da biodiversidade. O Jardim foi criado no ano de 1808 pelo príncipe regente português Dom João para instalar no local uma fábrica de pólvora e um jardim para aclimatação de espécies vegetais originárias de outras partes do mundo. O primeiro desafio foi aclimatar especiarias do Oriente: chá preto, baunilha, canela, pimenta e outras. O Jardim Botânico conferia à Corte ares de ‘civilidade’ e ajudava a propagar a beleza e a exuberância da natureza brasileira, junto aos estrangeiros que aportavam na cidade. A data será comemorada com intensa programação cultural, científica e histórica, como a inauguração de canteiros de Cactário e a exposição de obras restauradas do Mestre Valentim. Para quem estiver no Rio, o final de semana será intenso, com direito a bolo de aniversário e parabéns. DESTAQUES DA FESTA: √ Atração: Cactário Atividade: Inauguração de novos canteiros do Cactário. A área, que contava com 2 mil m2, dobrou de tamanho. Os visitantes conhecerão cactos e suculentas das mais variadas formas, dimensões e cores, de diferentes regiões e países, algumas ameaçadas de extinção. Quando: Dia 13/06, às 10h. √ Atração: Ateliê de Restauração Mestre Valentim Atividade: Os visitantes podem conhecer de perto o processo de restauração de quatro esculturas do artista colonial Mestre Valentim – Eco, Narciso e duas Aves Pernaltas – datadas de 1785. As obras integram o acervo da instituição desde o início do século XX.  A restauração dessas obras, de grande valor cultural, está alinhada a um projeto de valorização do patrimônio do Jardim Botânico e às comemorações dos 450 anos do Rio de Janeiro. Quando: Dia 13/06, às 11h. √ Atração: Trilha histórica com personagens de época O quê: Atores caracterizados como D. João, fundador do Jardim Botânico, e sua mulher, Carlota Joaquina, serão guias de um passeio pelos pontos históricos mais importantes do Jardim, entre eles as ruínas da antiga Fábrica de Pólvora e o Sítio Arqueológico Casa dos Pilões. Quando: Dias 13 e 14/06, às 9h, às 15h e às 16h. √ Atração: Parabéns para o Jardim Atividade: Os personagens de D. João e Carlota Joaquina também vão puxar o coro de parabéns pelos 207 anos do Jardim Botânico, com direito a bolo, no Parque Infantil. Quando: Dia 13/06, às 12h30. √ Atração: Lançamento do DVD Montanhas da Amazônia Atividade: Lançamento do DVD sobre a aventura e o desafio das expedições de uma equipe de pesquisadores do Jardim Botânico a alguns dos locais mais remotos do Brasil: as montanhas amazônicas, registradas em um documentário com fotografia e direção de Ricardo Azoury. No evento, haverá a distribuição de 100 DVDs ao público, que poderá conversar com os pesquisadores após a exibição do filme. Quando: Dia 13/06, às 17h, no Museu do Meio Ambiente. √ Atração: Visita guiada ao Solar da Imperatriz Atividade: O público poderá visitar a construção colonial e seus jardins internos projetados por Burle Marx. A arquiteta Dalila Tiago contará curiosidades sobre a história do Solar e mostrará alguns aspectos da reforma do prédio onde hoje funciona a Escola Nacional de Botânica Tropical. Quando: Dia 13/06, das 14h às 16h. √ Atração: Conheça a flora do Jardim em visitas guiadas por pesquisadores Atividade: Uma oportunidade para conhecer a trilha de duas famílias de plantas nativas dos trópicos, as mais cultivadas no Brasil pela atratividade de suas flores - Araceae e Heliconiaceae. Quando: Dia 13/06, às 14h. *Com informações da Ascom do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA) (61) 2028.1227.

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Rosalda Paim, fundadora do PDT-RJ, morre no Rio de Janeiro

A enfermeira Rosalda Paim, fundadora do PDT do Rio de Janeiro, faleceu hoje (02/6) aos 86 anos, após longa enfermidade. Rosalda se elegeu deputada estadual com Leonel Brizola nas eleições de 1982, período em que aprovou cerca de 20 projetos de lei, dentre eles o que proibiu a coleta remunerada de sangue no Rio de Janeiro.
Outras leis suas foram a que criou o sistema estadual de creches; o que criou o serviço de saúde do adolescente e a obrigatoriedade de instalar conselhos comunitários nas unidades estaduais de saúde.
Nascida em Vila Velha, no Espírito Santo, Rosalda graduou-se em enfermagem em 1950 pela antiga Escola de Enfermagem do Estado do Rio de Janeiro, fez mestrado na UFF e doutorado em enfermagem pela Pontifícia Universidade Católica (PUC).
Rosalda se especializou nas áreas de pediatria, administração hospitalar e saúde pública, tornando-se também professora titular do Departamento de Enfermagem Materno-Infantil da UFF, onde foi chefe de departamento.
Casada com Edson Paim, médico e dentista, Rosalda e Edson participaram ativamente da fundação do PDT, em Niterói, e integraram ao diretório regional do PDT-RJ. Rosalda foi a primeira parlamentar enfermeira do Brasil no período de 1983 a 1987, quando exerceu o mandato de deputada estadual pelo PDT fluminense.
A Universidade Federal Fluminense a homenageou, em vida, com o título de Professora Emérita, por sua dedicação à Enfermagem. Outra homenagem foi feita pela Escola de Enfermagem da UFF, que batizou com o seu nome o auditório principal da instituição.
Já a prefeitura de Niterói, em outra homenagem, batizou de Rosalda Paim a creche municipal que funciona no Centro de Niterói, em frente a escola de enfermagem. Rosalda deixa Edson Paim, seu marido por mais de 60 anos, filhos e netos.