terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Rio tem maior queda de número de assassinatos dos últimos 20 anos, diz governo

Também pela primeira vez em quatro anos foram registradas menos de 5.000 mortes


Divulgação
Beltrame
Beltrame reforçou que quedas são significativas mas números ainda são altos


O número de homicídios dolosos - com intenção de matar - caiu 18% em todo o Estado do Rio de Janeiro no ano de 2010 se comparado com 2009, de acordo com as estatísticas do ISP (Instituto de Segurança Pública), órgão do governo estadual. É a primeira vez que são registrados menos de 5.000 assassinatos, de acordo com o órgão. Também é a maior queda percentual de um ano para outro, desde 1991.

De acordo com Roberto Sá, subsecretário de Planejamento e Integração do órgão, em quatro anos houve queda de 26,6% na taxa de homicídios por cem mil habitantes.

O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, reforçou que quedas são significativas, no entanto, os números ainda são muito altos em comparação com outros Estados.

- O resultado é satisfatória, mas os números ainda são altos. O conjunto de índice vai ser sempre perseguido por nós. Essa avaliação mostra que devemos continuar neste caminhos, pois ele está dando certo.

Os dados apresentados nesta segunda-feira (31) foram baseadas desde que a gestão atual assumiu o governo em 2007. As estatísticas de 2006 foram apresentadas para comparar a diferença entre as lideranças governistas.

Nos anos de 2009 e 2010, o latrocínio (roubo seguido de morte) começou a fazer parte dos indicadores estratégicos do Estado para ser monitorado. De um ano para o outro, houve uma redução de 29% de casos. O registro no último ano de 155 casos foi o menor número absoluto desde 1999.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a partir de 2011, constará o item Letalidade Violenta representado pela soma dos números de vitimas de homicídios dolosos, lesão corporal seguida de morte, latrocínio e resistência com morte do opositor (auto de resistência).

Já o indice de roubos de veículos teve uma redução de 25% em cada dez mil unidades de 2009 para 2010. Em quatro anos, a taxa de carros roubados nesta comparação caiu pela metade (53,8%) de 89,2%, em 2006, para 41,2%, em 2010.

No caso do número dos roubos de rua, a situação é diferente se for comparado desde o início da gestão. Eles cresceram de 64.665, em 2006, para 78.546, em 2010. No entanto, há sete anos este crime não reduzia e houve uma pequena queda de 11,2% de um ano para o outro (2009/2010). O número representa dez mil roubos a menos.

Apesar da secretaria ter alcançado as metas de redução propostas no incio do governo, Beltrame, disse que o Estado não está comemorando nada.

Para Beltrame, essa redução dos percentuais será cada vez mais difícil nos próximos anos. Mas, sempre será o foco principais do conjunto de medidas adotadas pelo Estado, incluindo as UPPs.

- As unidades refletem nos números de seguranças. O que a gente procura e eu acho que os índices, as UPPs [Unidade de Polícia Pacificadora], e os Dedics [Delegacia de Dedicação Integral ao Cidadão] estão fazendo, é com que a policia mude suas lógicas de combate de guerra de ataque para uma prestação de serviço.

Para 2014, a secretaria revela o número almejado é de 22,9% para homicios dolosos por cem mil habitantes.

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