Rayder Bragon
Especial para o UOL Notícias
Em Belo Horizonte
A polícia de Minas Gerais prendeu no final da tarde desta quinta-feira (5) a suposta amante do goleiro Bruno Souza, Fernanda Castro, única ré no caso do desaparecimento de Eliza Samudio que estava em liberdade.
Fernanda estava na casa dos pais de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, amigo do goleiro e também denunciado no caso, no bairro Liberdade, em Ribeirão das Neves (região metropolitana de Belo Horizonte).
A moça será encaminhada ao IML (Instituto Médico Legal) para realizar exame de corpo de delito. Ainda não se sabe se ela será levada a penitenciária Estevão Pinto, na capital mineira, onde já está presa a mulher do goleiro, Dayanne Souza, ou se ao Ceresp (Centro de Remanejamento do Sistema Prisional) Centro Sul.
A prisão preventiva de Fernanda e dos outros réus foi decretada pela juíza Marixa Fabiane, do 1º Tribunal do Júri de Contagem (Grande BH), acatando pedido feito pelo Ministério Público de Minas Gerais. A magistrada também aceitou as denúncias feitas pelo MP.
O promotor Gustavo Fantini denunciou Bruno e mais sete por quatro crimes: homicídio triplamente qualificado, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver e corrupção de menor. Já Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, apontado como executor do homicídio, foi denunciado pelo MP por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A denúncia de formação de quadrilha foi retirada.
Com a prisão preventiva decretada, Bruno e os demais continuarão presos até a data do julgamento, caso os pedidos de habeas corpus não sejam aceitos. Além do goleiro, estão detidos na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem, Luiz Henrique Romão (Macarrão, amigo do goleiro), o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos (Bola, apontado como executor do homicídio), Elenílson Vítor da Silva, caseiro do goleiro, e os amigos Flávio Caetano de Araújo e Wemerson Marques de Souza (Coxinha).
A mulher do goleiro, Dayanne Souza, está presa na penitenciária Estevão Pinto, e Sérgio Rosa Sales (o Camelo), primo do jogador, permanece no Ceresp (Centro de Remanejamento do Sistema Prisional) São Cristóvão, anexo ao Departamento de Investigações, em Belo Horizonte.
Se condenados, a pena de Bruno e os demais pode chegar a 42 anos de prisão. Para Bola, a condenação é de 33 anos.
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